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MISSÃO HUMANITÁRIA

FAB já fez três transportes de órgãos nos cinco primeiros dias do ano

Publicado: 2017-01-06 08:00:00
Uma aeronave permanece sempre à disposição em Brasília

Apenas nos cinco primeiros dias de 2017, a Força Aérea Brasileira (FAB) já realizou três transportes de órgãos para transplantes. No dia 1º de janeiro, um coração foi transportado de Blumenau (SC) para um paciente em Curitiba (PR); no dia 2, uma aeronave da FAB transportou um fígado de Porto Seguro (BA) para o Rio de Janeiro (RJ); e outro fígado foi levado de Maceió (AL) para Fortaleza (CE) no dia 4.

A assinatura do decreto 8.783, da Presidência da República, em junho do ano passado, determina que uma aeronave esteja sempre à disposição na capital federal para essas missões. Além disso, a Força Aérea utiliza outros aviões lotados por todo o País, dependendo do trajeto a ser atendido.

Em 2016, a FAB fechou com um total de 190 órgãos transportados em 130 missões, envolvendo cerca de 550 horas de voo. “Não havia uma orientação sobre como proceder e os pedidos de transporte de órgãos contavam com o engajamento voluntário dos comandantes, além da disponibilidade de meios”, explica o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato.

Nos últimos dias do ano passado, dois casos de transporte chamaram atenção. Na noite de Natal,
um fígado e um rim foram transportados de Goiânia (GO) para transplante em Guarulhos (SP). “Vamos dar um presente de Natal para quem precisa”, ressaltou o Chefe da Seção de Operações do Quarto Esquadrão de Transporte Aéreo (4º ETA), Major Wanderson Marcos de Freitas, na ocasião. Já no dia 27 de dezembro, foi a vez de um menino de 7 anos receber um novo coração. O órgão foi transportado de Natal (RN) para Brasília (DF).

Acionamento

O processo de transporte de órgãos é iniciado quando a Central Nacional de Transplantes (CNT) é informada por uma central estadual sobre a existência de órgão e tecido em condições clínicas para o transplante. A CNT aciona as companhias aéreas para verificar a disponibilidade logística. Se houver voo compatível, os aviões comerciais recebem o órgão e levam ao destino. Quando não há, a Central contata a FAB, que desloca um ou mais aviões para a captação e transporte do órgão.

Os pedidos chegam à Força Aérea por meio de uma estrutura montada em Brasília, onde avalia-se qual esquadrão deve ser acionado. A partir de então, é ativada uma cadeia de eventos até a decolagem da aeronave. É preciso checar as condições de pouso no aeroporto de destino, acionar a tripulação e avisar ao controle de tráfego aéreo que se trata de um transporte de órgãos – tanto no plano de voo, quanto na fonia – pois isso confere prioridade ao avião para procedimentos de pouso e decolagem.

Saiba mais sobre o transporte de órgãos pela FAB na reportagem da revista Aerovisão.